Japão,Animes e Mangás

A História

A História

 

A ocupação do Japão por grupos humanos remonta ao Paleolítico, portanto, a data oficialmente mais aceita para a primeira presença humana no arquipélago é de 35.000 a.C., quando povos caçadores-coletores[12] chegaram às ilhas vindos do continente através de istmos. As primeiras ferramentas japonesas de pedra lascada datam de 35.000 a.C., as de pedra polida datam de 30.000 a.C., as mais antigas do mundo. Ainda não se sabe por que essas ferramentas surgiram tão cedo no Japão. Em 1985 mergulhadores fizeram descobertas de estruturas submersas em Yonaguni-jima, em Okinawa o que atraiu muitos historiadores, arqueólogos e cientistas até o sítio arqueológico, onde realizaram estudos para o cálculo da idade destes monumentos. Chegaram a conclusão que os monumentos têm mais de 11.000 anos de idade, os mais antigos do mundo. Os cientistas confirmam que esses monumentos encontrados submersos na costa do Japão são a evidência de que pode ter existido uma civilização desconhecida, anterior a Idade da Pedra. A primeira cultura cerâmica e civilização a se desenvolver no Japão foi o povo nômade Jomon[13][14] que não desenvolveu a agricultura ou criação de animais. Entre 250 a.C.e 250, a cultura nômade Yayoi a substituiu vinda de Kyushu trazendo o cultivo do arroz,[15] ferramentas em metal e a confecção de roupas.[16]

O Japão foi unificado pela primeira vez no século IV pelo Povo Yamato[14] e logo empreendeu a conquista da península da Coréia no final do século. Nos séculos seguintes a competição por cargos no governo enfraqueceu gradativamente o domínio japonês sobre a Coréia até o século VI. Em 552, o budismo foi introduzido no país trazido da Coréia servindo como arma política contra o crescente poder dos sacerdotes.[13] Após a morte do imperador Shotoku em 622 e um período de guerras civis, o imperador Kotoku deu início a reforma Taika que criaria um Estado com poderes concentrados nas mãos do Imperador rodeado por uma burocracia à semelhança da Dinastia Tang na China. Em 710, a capital japonesa foi transferida de Asuka para Nara, réplica da capital chinesa da época, dando início a um novo período da história japonesa no qual a cultura e a tecnologia chinesa tiveram maior influência e o budismo difundiu-se com a criação de templos por parte do imperador nas principais prefeituras.[17]

Invasão Mongol em 1274 e 1281 repelido com sucesso.

Mais tarde a capital seria novamente transferida para Heian-kio, a moderna Quioto, e se daria o rompimento entre o imperador Kammu e os monges budistas. A partir daí se estabeleceria a escrita japonesa e uma nova literatura. Foi nesse período de paz que surgiram a classe dos samurais como guardas da corte.[13][14] Contudo as disputas surgidas entre os clãs guerreiros Taira no Kiyomori e Minamoto no Yoritomo levaram à nova guerra civil que só teve fim em 1185 com a ascensão de Minamoto. Este estabeleceria o governo do xogunato em Kamakura, enquanto seguia as leis do governo Heian, o governo Kamakura foi executado por uma rede de samurai em todo o país que se comprometeram a manter a paz. Desde que exercia o poder real no local, eles foram capazes de assumir a terra dos ricos proprietários de terra aristocráticos e, portanto, levou o governo Heian em Kyoto a se tornar ainda mais fraco. Um novo período de paz e enriquecimento cultural e material se estabeleceu até uma nova tentativa mal sucedida de restauração da autoridade imperial feita pelo Imperador Go-Daigo.[18][19]

O surgimento dos daimyo de base local, enfraqueceu o xogunato e esse enfraquecimento levou a Guerra de Ōnin entre 1467 e 1477 entre os Kosokawa e os Yamana que deu fim ao xogunato. Sem uma autoridade central, os daimyos, agora com autoridade absoluta em seus domínios, deram início a um período de guerras que só terminaria entre 1550 e 1560 com a conquista dos demais domínios por Oda Nobunaga.[13] Foi durante o século XVI que comerciantes e missionários portugueses chegaram ao Japão pela primeira vez, dando início a um intenso período de trocas culturais e comerciais. No Japão, os portugueses praticaram o comércio e a evangelização. Os missionários, principalmente os padres da Companhia de Jesus, levaram a cabo um intenso trabalho de missionação e em cerca de 100 anos de presença portuguesa no Japão, em 1582 a comunidade cristã no país chegou a ascender a cerca de 150 mil cristãos no Japão e 200 igrejas.[20]

Samurais durante a Guerra Boshin, por volta do ano 1867.

Toyotomi Hideyoshi deu continuidade ao governo de Nobunaga e unificou o país em 1590. Depois da morte de Hideyoshi, o regente Tokugawa Ieyasu aproveitou-se de sua posição para ganhar apoio político e militar. Quando a oposição deu início a uma guerra, ele a venceu em 1603 na Batalha de Sekigahara. Tokugawa fundou um novo xogunato com capital em Edo e expulsou os portugueses e restantes estrangeiros, dando início à perseguição dos católicos no país, tidos como subversivos, com uma política conhecida como sakoku. A perseguição aos cristãos japoneses fez parte desta política, levando esta comunidade à conversão forçada ou mesmo à morte, como é o caso dos 26 Mártires do Japão.[21][22][23]

Esta política deixou a nação isolada por 250 anos até a chegada de navios estadunidenses com Matthew Calbraith Perry em 31 de Março de 1854 exigindo a abertura do país ao comércio revelando o atraso do xogunato. A Guerra Boshin restabeleceu o poder centralizado do imperador como Meiji do Japão em 1868, quando teve início um período de desenvolvimento econômico e de expansionismo ao qual se seguiram as vitórias nas guerras sino-japonesa (1894-1895) e russo-japonesa (1904-1905) e a conquista da Coréia e das ilhas de Taiwan e de Sacalina, mantendo o interesse do país sobre a Manchúria.[24] Estes seguidos episódios deram ao Japão a sua primeira experiência bélica moderna, assistida pelos europeus, a primeira vitória sobre um país do velho continente e a solidificação como país mais influente da Ásia.[25]

 

Século XX

No século XX houve um breve período de "democracia Taishō" ofuscada pela ascensão do expansionismo e da militarização do país. A Primeira Guerra Mundial permitiu ao Japão, que se juntou ao lado dos aliados vitoriosos, expandir sua influência e exploração territorial. O Japão continuou a sua política expansionista de ocupação da Manchúria, em 1931. Como resultado da condenação internacional a essa ocupação, o Japão renunciou a Liga das Nações, dois anos depois. Em 1935, as assembléias locais foram estabelecidas em Taiwan.[26] Em 1936, o Japão assinou o Pacto Anticomintern com a Alemanha nazista, juntando-se as potências do Eixo em 1941.[27] Em 1941, o Japão assinou o Pacto nipônico-soviético com a União Soviética, respeitando tanto os territórios de Manchukuo quanto da República Popular da Mongólia.[28]

Vista de Tóquio em 2009. A Região Metropolitana de Tóquio é a maior área metropolitana do mundo, com mais de 35 milhões de pessoas.

Em 1937, o Império do Japão invadiu a outras partes da China, precipitando a Segunda Guerra Sino-Japonesa (1937-1945). No ano de 1940, invade a Indochina francesa, após o qual os Estados Unidos colocaram um embargo de petróleo ao Japão.[29] Em 7 de dezembro de 1941, o Japão atacou a base naval estadunidense de Pearl Harbor e declarou guerra aos Estados Unidos, Reino Unido e Países Baixos. Este ato incluiram os Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial e, em 8 de dezembro, estes três países declararam guerra ao Japão.[30][31] Após os bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki, em 1945, após a União Soviética também se opor ao país, o Japão concordou com a rendição incondicional de suas forças em 15 de agosto (Dia da Vitória sobre o Japão).[32]

Os custos de guerra para o Japão e para os países do Bloco yen foram a perda de milhares de vidas e destruição de grande parte da indústria e da infraestrutura do país. As potências aliadas repatriaram milhões de japoneses étnicos de colônias na Ásia.[33] O Tribunal Militar Internacional para o Extremo Oriente, foi convocado pelos aliados (em 3 de maio de 1946) para processar alguns líderes japoneses por crimes de guerra. No entanto, todos os membros das unidades de investigação bacteriológica e membros da família imperial envolvidos na condução da guerra foram exonerados a partir de processos criminais pelo Comandante Supremo das Forças Aliadas.[34][35]

Em 1947, o Japão aprovou uma nova constituição pacifista enfatizando as práticas democráticas liberais. A ocupação dos Aliados terminou pelo Tratado de São Francisco em 1952[36] e o Japão foi assimilado como membro das Nações Unidas em 1956. Internamente, após o fim da Segunda Guerra, o país passou por décadas de recuperação e afirmação: teve um crescimento econômico espetacular de se tornar a segunda maior economia do mundo, devido a investimentos do setor privado na construção de novas fábricas e equipamentos e ao senso coletivo de trabalho,[37] que deram ao país uma taxa de crescimento média anual de 10% há quatro décadas. Estes investimentos deveram-se a fatores políticos, como o medo de que o Socialismo avançasse sobre este país completamente arrasado pela guerra, e a fatores culturais, cuja educação formou e preencheu vagas no campo tecnológico.[38] Esse rápido avanço terminou em meados dos anos 1990 quando o Japão sofreu uma grande recessão. O crescimento positivo no início do século XXI tem sinalizado uma recuperação gradual.[39]

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